• Postado em 26 de março por Unix

Pedra nos rins: o seu guia completo sobre o assunto

Pedra nos rins, ou cálculo renal, é um problema de saúde muito frequente na população adulta de todo o mundo. Até pouco tempo atrás, se acreditava que a condição acometia principalmente os homens entre 20 e 60 anos, mas avaliações americanas recentes mostraram que ela se manifesta em 12% dos homens e 7% das mulheres, com uma diferença que vem caindo nos últimos anos. Ou seja, hoje já podemos dizer que é uma condição comum à idade adulta.

Segundo estudos americanos, em média, 1 a cada 11 pessoas têm cálculos renais e, ao que tudo indica, esse número vem aumentando nos últimos anos. Por isso, é muito importante se informar sobre o assunto e entender o que é a doença, quais são seus sintomas e qual tipo de ajuda procurar caso sinta algo que possa estar relacionado às pedras nos rins.

Então aproveite e continue a leitura, pois preparamos este conteúdo para ser um guia completo sobre pedra nos rins. A seguir, vamos nos aprofundar no assunto explorando seguintes tópicos:

O que é pedra nos rins?

Como já mencionamos brevemente, a condição de pedra nos rins, também conhecida como cálculo ou litíase renal, é um problema muito frequente na população adulta, mas especialmente nos homens. 

O que caracteriza a doença é a formação de grãos minerais, que podem ter diferentes formas e tamanhos, dentro do trato urinário das pessoas. Quando esses grãos não são eliminados naturalmente e se aglomeram, tomando tamanho considerável, há a formação de um cálculo renal, que, caso não seja tratado de forma rápida e adequada, pode causar complicações para a saúde do paciente.

Entre as complicações mais graves, se destacam cólicas intensas, infecção urinária, diminuição ou perda do rim, hipertensão arterial e desenvolvimento de Doença Renal Crônica.

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O que pode causar pedras nos rins?

Para entender como os cálculos renais se formam, precisamos conhecer o nosso sistema de trato urinário e a função de cada um dos seus principais órgãos: 

  1. rins ― A função dos rins é filtrar nosso sangue, eliminando todo o tipo de impurezas e substâncias indesejadas do nosso corpo. Durante todo o tempo estão passando pelos rins sais minerais, formados principalmente de cálcio e ácido úrico;
  2. ureter ― O ureter é o canal responsável pelo transporte de urina dos rins para a bexiga;
  3. bexiga ― A bexiga é uma estrutura muscular que serve como reservatório de urina. Ao se encher completamente, são enviados sinais ao sistema nervoso central para estimular a micção (eliminação da urina);
  4. uretra ― A uretra, por fim, é o canal responsável por eliminar a urina da bexiga, expelindo o líquido para fora do corpo. 

Portanto, basicamente, a condição de cálculo renal é causada pelo acúmulo de sais minerais no trato urinário (composto por rins, ureteres, bexiga e uretra), que não são eliminados naturalmente através da urina. O acúmulo de sais minerais forma os cálculos (ou pedras), que variam de tamanho e formato, de acordo com as condições de saúde de cada pessoa.

Dessa forma, algumas situações tornam as pessoas mais propensas à formação de cálculo renal. São elas:

  • desidratação ― Para evitar problemas renais é recomendada a ingestão diária de ao menos 3 litros de líquidos;
  • excesso de sais na alimentação ― O consumo excessivo de sais favorecem a acumulação de minerais nos rins e a formação de cálculos, sendo o sódio, na forma de sal ou de conservantes em alimentos industrializados, o principal responsável pelo problema em adultos. 
  • excesso de proteína na alimentação – O consumo excessivo de proteína animal, seja a carne branca ou vermelha, diminui o ph urinário e sanguíneo. Favorecendo assim, a formação de cálculos renais de cálcio. Além disso, o metabolismo dessa proteína aumenta a eliminação de cristais de ácido úrico, favorecendo a formação de cálculos dessa natureza;
  • hereditariedade ― Pessoas com presença de problemas de litíase renal no histórico familiar têm maiores chances de desenvolver cálculos renais;
  • distúrbios metabólicos ― Problemas na glândula paratireoide também estão associados à maior chance de formação de cálculos renais.

Essas causas estão diretamente ligadas aos diferentes diagnósticos possíveis para o cálculo renal e suas formas de tratamento. Em geral, os diagnósticos são divididos nas seguintes categorias:

  • cálculo renal de cálcio e de cistina ― É o tipo mais comum, causado quando há uma grande concentração de cálcio na urina formando cálculos de oxalato de cálcio; Ambos de origem hereditária; (aqui melhor separar, porque o de cálcio nem sempre têm origem hereditária, já o de cistina sim. Por ele ser o menos frequente, melhor deixar no final da lista).
  • cálculo renal de ácido úrico ― Causado pelo consumo excessivo de alimentos ricos em proteínas;
  • cálculo renal de estruvita ― Causado por complicações de uma infecção urinária.
  • cálculo renal de cistina ― Tipo menos recorrente, normalmente está associado à hereditariedade. Por conta de um defeito nos túbulos renais, o resultado são grandes quantidades de aminoácido cistina na urina que favorece a formação dos cálculos.

Enquanto em alguns casos mais leves o cálculo renal pode ser expelido naturalmente (quando a pedra formada tem até 2 milímetros), em casos mais graves podem ser formadas pedras de até 6 centímetros, ocupando grande parte do interior do rim.

Por isso, nas situações mais graves, é preciso muito cuidado e agilidade no tratamento para que o cálculo renal não contribua para o desenvolvimento de Doença Renal Crônica, que consiste na perda da capacidade dos rins de cumprir o seu papel de filtragem do sangue.

Quais são os sintomas de pedras nos rins?

As pedras nos rins são comumente conhecidas como uma das condições de saúde mais dolorosas que existem, devido aos seus sintomas mais severos.

Felizmente, muitas pessoas têm litíase renal e não sofrem nenhum tipo de sintoma mais grave. Nesses casos, chamados de “assintomáticos”, as pedras formadas são muito pequenas e são eliminadas naturalmente, sem causar consequências mais graves aos rins e outros órgãos do corpo. 

É muito comum que as pessoas descubram a presença de pedras nos rins ou em outras partes do Trato Urinário acidentalmente, em exames de imagem. Portanto, a existência de um cálculo renal não necessariamente desperta os sintomas.

No entanto, cálculos renais grandes, que se formam em regiões específicas ou se deslocam para elas por algum motivo, acarretam em uma série de sintomas que podem ser muito incômodos. O mais comum é a pedra bloquear o ureter, impedindo a passagem da urina e causando os sintomas mais graves. 

A seguir, apresentamos os mais importantes.

Cólica

As cólicas renais consistem em dores intensas e prolongadas, alternadas por sensação de alívio. Nos casos de litíase renal, as cólicas são uma consequência da obstrução do ureter, que impede a passagem da urina para a bexiga e faz esse órgão se contrair de forma intensa, causando as dores. Na maioria dos casos, a sensação começa como uma dor aguda na lombar que passa para a região abdominal e para a virilha. 

As dores causadas por uma cólica renal podem ser extremamente intensas, por isso a litíase renal está entre as condições de saúde mais dolorosas que existem. Para tratar das cólicas renais, são necessários analgésicos específicos, aplicados de forma intravenosa para que atuem de forma localizada nas regiões atingidas. 

Náusea e vômitos

É muito comum que pessoas com pedras nos rins experimentem sensações de náusea e vômitos. Esse, contudo, é um sintoma que surge como consequência das cólicas intensas.

Com o incômodo das dores de cólica renal, o sistema gastrointestinal de algumas pessoas age de forma reflexiva à dor, causando a sensação de náusea, o que em casos mais intensos pode causar vômitos.

Alterações no fluxo de urina

As alterações no fluxo e nas características da urina indicam que algo não está certo com o trato urinário. Por isso, a maioria dos casos de pedras nos rins vem acompanhado de alterações no fluxo de urina.

Essas alterações podem ser as mais diversas. Alguns pacientes experimentam a sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, outros têm a sensação de bexiga cheia, porém têm diminuição do fluxo de urina. Outros sintomas relacionados incluem ardência ao urinar, mudança na coloração ou até mesmo a presença de sangue na urina. 

Todas essas alterações podem indicar o aparecimento de outro sintoma mais grave, a infecção urinária.

Sangramentos

A presença de sangue na urina é um sintoma menos comum nos pacientes que sofrem com cálculo renal, mas que é preocupante quando constatado. Isso porque o sangramento normalmente acontece quando o cálculo se move nos órgãos e canais do trato urinário, causando lesões nas paredes que resultam nos sangramentos.

Essas lesões podem agravar o quadro de infecção e tornar o tratamento mais complicado. Por isso, ao constatar a presença de sangue na urina é muito importante procurar a orientação médica o mais rápido possível.

Infecção urinária

Como todos os órgãos do trato urinário têm seu desempenho e suas funções ligados de uma forma ou de outra, a infeção urinária é um sintoma extremamente comum nos casos mais graves de cálculo renal, e um dos indicadores de que é necessário procurar a ajuda de um urologista

Os sinais mais comuns de infecções urinárias incluem: 

  • sensação de necessidade de urinar que não passa; 
  • ardência ao urinar;
  • dores no baixo ventre e região genital;
  • escassa eliminação de líquido;
  • alterações na consistência, cor, e / ou presença de sangue na urina.

Febre

A febre é uma resposta imunológica natural do corpo ao combater infecções. Portanto, esse também é um sintoma muito comum em pessoas com cálculo renal. 
Porém, sendo a infecção urinária uma consequência de um problema mais complexo, que é a litíase renal, é importante ter cuidado com o uso de antitérmicos e outros medicamentos sem a indicação explícita do urologista.

Como é feito o diagnóstico de pedra nos rins?

O diagnóstico de pedra nos rins dificilmente é feito antes do aparecimento dos sintomas (exceto nos casos em que o problema é detectado por acaso em exames de imagem, ou há detecção de altos índices de sais minerais em exames de urina). 

Uma vez constatados sintomas que indiquem uma possível litíase renal, existem diferentes exames a serem feitos para localizar o cálculo, descobrir sua causa, o seu tamanho e, assim, ajudar a determinar a melhor forma de tratamento.

Normalmente, os exames realizados para localizar o cálculo e descobrir o seu tamanho incluem: 

  • raio-x abdominal ― Um exame simples de raio-x da região abdominal pode identificar alterações nos rins e indicar a presença de cálculo renal;
  • tomografia computadorizada ― A tomografia é um exame mais completo do que o raio-x, pois é possível obter imagens de ângulos diferentes, o que facilita a identificação do cálculo, bem como seu tamanho e localização. Esse exame possui a maior sensibilidade na detecção do problema e, atualmente, todo tratamento para a doença só pode ser realizado após a realização de ao menos um exame de tomografia;
  • ultrassonografia das vias urinárias ― Funciona de forma semelhante à tomografia, porém apresenta menor sensibilidade e nem sempre expressa com acurácia o tamanho e a localização do cálculo, porém devido sua fácil realização e muita disponibilidade, costuma ser o primeiro exame que o urologista lança mão para detectar os cálculos nas vias urinárias; 

Na maior parte dos casos, os exames supracitados, os sintomas do paciente e um histórico médico e familiar são o suficiente para que o médico urologista consiga determinar qual é o tipo de cálculo que se formou e onde ele está localizado.

Todavia, em alguns casos, o médico pode solicitar exames de sangue e urina para determinar com mais precisão a causa do cálculo renal e as melhores opções de tratamento. Exames de sangue podem detalhar a concentração de substâncias como ácido úrico, ureia, creatinina e cálcio para detectar problemas nos rins, e os exames de urina também podem avaliar a concentração de substâncias formadoras de cálculo assim como a presença de micro-organismos causadores de infecçõess.

Com a obtenção do diagnóstico, os pacientes têm, normalmente, dois encaminhamentos: internação e procedimento cirúrgico (casos graves); ou alta e acompanhamento do quadro (casos leves). 

Quais são as principais formas de tratamento?

Na maior parte dos casos considerados leves, em que os cálculos renais têm até 5 milímetros, não é indicada a internação. Normalmente, o quadro do paciente é acompanhado pelo médico que pode prescrever medicamentos que ajudam a eliminar as pedras de forma natural, mas sem a necessidade de uma internação.  

Cálculos renais de até 5 milímetros levam, em média, de 8 a 14 dias para serem expelidos naturalmente. No entanto, em alguns casos, pode ser necessário até um mês de tratamento e espera.

Nas situações em que os cálculos são maiores que 5 milímetros, as medidas cirúrgicas podem ser  necessárias.

Felizmente, com o avanço da medicina e da tecnologia, existem intervenções cirúrgicas minimamente invasivas para tratar a litíase renal. A endourologia é essa nova área da urologia, responsável pelo tratamento de condições do trato urinário de forma minimamente invasiva. Com as técnicas utilizadas pela endourologia, foram possíveis grandes avanços para o tratamento de condições como a litíase renal, reduzindo a necessidade de cirurgias invasivas e diminuindo o tempo de recuperação dos pacientes.

Hoje, a endourologia trabalha com, basicamente, 3 métodos minimamente invasivos para tratar casos graves de litíase renal:

1. Ureterolitotripsia flexível e semirrígida a laser

A ureterolitotripsia flexível é a técnica mais moderna para tratamento de pedras nos rins. Esse método pode ser utilizado para tratar cálculos renais de até 2 centímetros, sendo uma alternativa muito importante para pessoas que sofrem com outros problemas que implicam em risco cirúrgico maior.

A técnica consiste na introdução de dispositivos pela uretra para fragmentar os cálculos e retirá-los imediatamente pelo mesmo trajeto. Os dispositivos são equipados com uma mini-câmera e fibra de laser, que permite ao cirurgião observar o trato urinário de forma completa para então encontrar os cálculos e quebrá-los.

O procedimento tem baixo risco de complicações e os pacientes recebem alta no mesmo dia. Durante a recuperação, que também é muito rápida e sem complicações, os pacientes utilizam um cateter por 1 a 2 semanas, de acordo com a orientação do endourologista.

2. Nefrolitotripsia percutânea

Cálculos maiores que 2 centímetros tornam a ureterolitotripsia um procedimento mais complicado. Por isso, a nefrolitotripsia percutânea se torna a principal alternativa de tratamento.

Nesse tipo de intervenção, o paciente é internado no centro cirúrgico e o médico responsável faz um pequeno “furo” nas costas na região dos rins, pelo qual é inserido uma cânula que permite a introdução de um aparelho com uma câmera que permite encontrar os cálculos e, com um litotridor que pode usar energia balística, laser ou ultrassônica, fragmenta os cálculos e os retira pelo mesmo trajeto.

Durante a recuperação é necessário que o paciente use um dreno por alguns dias até a cicatrização do ponto de intervenção cirúrgica.

Por se tratar de uma intervenção um pouco mais invasiva, a nefrolitotripsia percutânea é comumente associada a febre e sangramentos. Contudo, ainda apresenta excelentes resultados no tratamento de litíase renal e baixos riscos para os pacientes, sendo, portanto, a forma de tratamento mais indicada quando os cálculos são maiores que 2 centímetros.

3. Litotripsia extracorpórea (LECO)

A litotripsia extracorpórea, ou LECO, ainda é o método não invasivo mais utilizado para tratar os casos leves de litíase renal. 

O método de tratamento é muito simples, consistindo, basicamente, em um aparelho ligado a uma maca que emite ondas de choques para fragmentar os cálculos e eliminá-los naturalmente, sem a necessidade de uma intervenção cirúrgica. 

Assim, após a localização dos cálculos pelos exames de raio-x, tomografia ou ultrassonografia, o paciente é levado ao aparelho e deitado (voltado para cima ou para baixo, dependendo da localização do cálculo) recebe as ondas de choques de forma focalizada. 

Normalmente os pacientes não sentem desconforto excessivo com as “batidas” do aparelho de ondas de choques. Todavia, o procedimento pode ser feito sob anestesia local, caso necessário.

É importante ressaltar ainda que a eficiência desse procedimento depende de alguns fatores, como rigidez do cálculo formado, seu tamanho e localização. Por isso, a LECO é mais indicada nos casos leves.

Além das 3 técnicas mencionadas, a cirurgia aberta ainda é uma última alternativa para o tratamento da litíase renal, sendo indicada nos casos em que o paciente tem contraindicações para os procedimentos endourológicos.

Sendo a cirurgia aberta (ou nefrolitotomia anatrófica) um procedimento complexo, que consiste na abertura dos rins para retirada dos cálculos, há maiores riscos de complicações durante o procedimento e o tempo de recuperação do paciente é maior. 

Quando a pedra nos rins se torna um problema crônico?

Muitas pessoas passam por muito tempo com os cálculos renais sem sequer saber que são acometidos por essa condição. Isso porque em sua maioria são casos leves, em que o cálculo fica localizado no interior dos rins e não bloqueia o ureter ou a uretra.  

Todavia, nos casos graves, em que se formam pedras grandes que se movem obstruindo a passagem da urina, sem um tratamento rápido e adequado, o problema pode se tornar crônico.

Em pacientes idosos, por exemplo, a infecção urinária causada pela litíase renal pode causar um choque séptico e levar a óbito. Pacientes que não tratam a litíase renal de forma adequada podem desenvolver a Doença Renal Crônica (DCR) e têm 20% de chance de perder as funções dos rins, que ainda pode levar o paciente a precisar de hemodiálise.

Estudos recentes, debatidos no Congresso Brasileiro de Nefrologia em 2019, sugerem ainda que pessoas com cálculos renais têm mais chances de sofrer infarto agudo do miocárdio e derrames. 

De acordo com os estudos, a formação e o acúmulo de cristais no sistema urinário pode atingir também nas artérias coronarianas e intracranianas, calcificando os vasos e aumentando a possibilidade de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Quais são os mitos e verdades sobre pedras nos rins?

Sendo um problema muito comum na população adulta, é natural que surjam mitos sobre o assunto que despertam dúvidas nos pacientes. Vamos agora esclarecer os mitos e verdades que costumam gerar mais dúvidas.  

1. O consumo de sal em excesso causa pedras nos rins

Verdade. De forma geral, alimentos ricos em sódio, conservantes e outros sais minerais é um dos fatores de risco para o desenvolvimento dos cálculos renais. Dado que o sódio causa o aumento na excreção urinária de cálcio, a consequência é o aumento no acúmulo de cristais nos rins.

2. Pedras nos rins causam dores crônicas

Depende. No entanto, não são todos os casos de pedras nos rins que causam dores crônicas. Isso acontece quando há a formação de pedras grandes que se movem para partes específicas do trato urinário.

3. O excesso de vitamina C contribui para os cálculos renais

Verdade. O nosso corpo tem uma capacidade limitada de processamento da vitamina C. Com isso, o excedente não metabolizado é expelido para o fígado, que, por sua vez, produzirá oxalato de cálcio em excesso, contribuindo para a formação dos cálculos.

4. O consumo de álcool contribui para os cálculos renais

Depende. Ainda não existem estudos que indiquem que o consumo moderado de álcool aumenta as chances de desenvolver litíase renal. No entanto, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas diminui a capacidade de metabolização do ácido úrico, contribuindo para a formação dos cálculos renais.

5. Beber muita água é uma forma eficiente de prevenção

Verdade. Não só a ingestão de água, como de outros líquidos, ajuda na diluição dos cristais sólidos e de sais minerais nos rins. Por isso, o recomendado é que uma pessoa adulta consuma, em média, 3 litros de líquidos por dia.

6. O consumo de leite contribui para os cálculos renais

Mito. O consumo do leite por si só não é fator determinante para a formação dos cálculos. O que acontece é que o consumo excessivo de cálcio (presente não só no leite, mas em diversos alimentos) pode, a longo prazo, contribuir para a formação de cálculos no trato urinário.

7. No verão os casos de pedras nos rins aumentam

Verdade. Principalmente em países em zonas tropicais a chegada do verão aumenta a incidência de casos de litíase renal. Com o calor do verão é mais difícil manter o corpo sempre hidratado, aumentando o risco de formação de pedras.

8. Beber água ajuda a aliviar os sintomas durante as crises de cólica

Mito. Embora o consumo de líquidos seja uma boa forma de prevenção, durante as crises renais isso não é recomendado. Uma vez que os cálculos podem bloquear as vias urinárias, consumir líquidos durante uma crise só vai contribuir para o inchaço do órgão, causando ainda mais dores.

Como se prevenir de pedras nos rins?

A prevenção é a melhor forma de evitar as pedras nos rins, principalmente se sua família tem histórico com a condição. Apresentamos a seguir algumas dicas importantes.

Ingira mais líquidos

Em geral, pessoas que desenvolvem cálculos renais consomem, em média, menos 300  a 500 ml de líquidos do que pessoas que nunca foram acometidas pela condição.

Vale ainda ressaltar que não se trata de qualquer líquido. Refrigerantes, bebidas isotônicas, chá-preto são líquidos que podem contribuir para o acúmulo de sais minerais no trato urinário.

Evite sódio e alimentos processados industrializados

Hoje os supermercados e lanchonetes estão tomados por alimentos industrializados com altos teores de sódio e outros sais minerais. 

Esse é um dos motivos pelo qual os médicos têm constatado um grande aumento nos casos de litíase renal.

Procure fazer acompanhamento com um urologista

Por fim, a melhor forma de evitar que o problema de cálculos renais se tornem mais graves, é fazer o acompanhamento com um urologista

Um profissional da área será o seu maior aliado para evitar também outros problemas relacionados ao trato urinário e pode aconselhar a respeito de outras práticas e hábitos que podem evitar problemas crônicos no futuro.

Diminua a ingestão de proteínas

Embora sejam muito importantes para uma dieta balanceada, o consumo excessivo de proteínas diminui o ph urinário e sanguíneo, estimulando a formação de cálculos de cálcio. Além disso, o alto consumo ajuda na formação do ácido úrico que é um importante causador das pedras nos rins. Assim, a diminuição da ingestão de proteínas pode ser feita reduzindo o consumo de carnes. 

Chocolate, derivados da soja e grãos estão entre os alimentos que quando consumidos em excesso podem contribuir para a formação dos cálculos renais.

Para evitar desequilíbrio de minerais, vitaminas e outras substâncias importantes para o nosso corpo, é também muito importante realizar o acompanhamento nutricional com um profissional capacitado.

Consuma mais frutas

Incluir mais frutas na dieta ajuda a manter a hidratação do corpo e, além disso, é uma forma de se alimentar de mais saúde. Especialmente as frutas com maior concentração de ácido cítrico, que quando metabolizado se transforma em citrato, importante fator para inibir a formação de cristais de cálcio. Algumas frutas em particular são muito bem-vindas para pessoas que querem se prevenir de problemas renais, como:

  • Laranja e limão ― Ambas as frutas são ricas em antioxidantes, tem alta concentração de ácido cítrico e são boas fontes de líquido para hidratação;
  • Abacaxi ― Possui muito líquido e tem ação anti-inflamatória;
  • Uvas vermelhas ― Além de possuírem muito líquido, também são ricas em antioxidantes e têm ação diurética;
  • Mirtilos ― Combatem a proliferação de bactérias no trato urinário, impedindo a inflamação e a sensação de ardência ao urinar;
  • Mamão ― Rico em antioxidantes e vitamina C o mamão também ajuda no combate a proliferação de bactérias e na limpeza da bexiga.

Por que o Dr. Alex Meller é referência no setor?

Contar com um profissional de excelência, com anos de experiência e especializações na área é a melhor forma de garantir um acompanhamento e um tratamento eficientes. Por isso, a Unix conta com um time de profissionais renomados. 

O Dr. Alex Meller, nosso Diretor Clínico, é referência na área de endourologia, com ampla formação e experiência no tratamento de problemas do trato urinário. 

Além de ser membro do corpo clínico dos melhores hospitais de São Paulo, o Dr. Alex é também: 

  • vice-chefe do setor de Endourologia e Litíase Renal e médico assistente da disciplina de Urologia da UNIFESP/EPM (Escola Paulista de Medicina);
  • delegado representante do Brasil na Sociedade Mundial de Endourologia;
  • coordenador do setor de Endourologia e Litíase Renal da Sociedade Brasileira de Urologia (Gestão 2016/2017);
  • autor de diversos artigos científicos, capítulos de livros e palestras em Endourologia e Cálculo Renal.

Logo, temos muito orgulho de contar com o trabalho do Dr. Alex, que é uma das maiores referências brasileiras na área de urologia e endourologia. Assim, garantimos o melhor atendimento e tratamento para todos os nossos pacientes.

Além do cuidado com o trato urinário, os médicos urologistas também atuam com foco nas seguintes estruturas do corpo humano:

  • glândulas suprarrenais;
  • retroperitônio e região lombar;
  • próstata;
  • vesícula seminal;
  • estruturas do assoalho pélvico;
  • pênis;
  • bolsa escrotal;
  • testículos;
  • epidídimos;

Portanto, se você não faz uma consulta com o urologista há algum tempo, ou vem sentindo sintomas que podem estar ligados a pedras nos rins e ou às outras estruturas citadas, não perca tempo.

Agende uma consulta conosco e confie sua saúde e bem-estar às mãos de quem tem mais experiência e conhecimento na área!